quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Divisão do Pará vai criar um estado violento e outro pobre


     Marabá, virtual capital de Carajás, é a quarta cidade na taxa de assassinatos; Tapajós seria o segundo estado mais pobre - só perdendo para Roraima.
    A divisão do Pará em três será objeto de inédito plebiscito organizado pela Justiça Eleitoral. Mas a quem interessa? No balanço entre vencedores e perdedores, todos ficam com menos e quem paga a conta é o governo federal - ou seja, o contribuinte. Se forem criados, Carajás e Tapajós vão custar aos cofres públicos pelo menos 9 bilhões de reais só para manter a administração dos estados. Marabá, a virtual capital de Carajás, está no topo da lista dos homicídios. Pelos dados mais recentes do Ministério da Justiça, é, proporcionalmente, a quarta cidade mais violenta do país. Foram 250 assassinatos em 2008 - 125 mortes para cada 100.000 habitantes. Tapajós, ainda mais tranquilo, seria o segundo estado mais pobre do Brasil, com um Produto Interno Bruto (PIB) de 6,4 bilhões de reais - atrás apenas de Roraima.
     Os separatistas dizem que os brasileiros que vivem ao sul não compreendem a realidade da região e que ali estão duas terras prometidas. Para comprovar a tese, usam como argumento a criação de Tocantins. Esquecem que se trata do quarto estado mais pobre do país.


Pesquisa e postagem: Victoria Altero (Turma 702)

Divisão do Pará é patrocinada por ruralistas e evangélicos


      Após a confirmação da data do plebiscito sobre a divisão do Pará, as campanhas a favor e contra a divisão do Pará em três Estados, com a criação de Carajás e Tapajós, ganharam voz oficial.  A consulta será realizada no dia 11 de dezembro. A campanha de criação do Estado de Carajás será patrocinada, principalmente, por igrejas evangélicas e associações de criadores e produtores rurais das 39 cidades da região, além de prefeitos, vereadores e líderes políticos da região - que terão a chance de disputar novos cargos na futura Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados, Senado e Tribunal de Contas. Do ladocontra a separação, a luta pela preservação do Estado do Pará do tamanho atual coloca lado a lado associações empresariais, ONGs e sindicatos de trabalhadores.


Pesquisa e postagem: Victoria Altero (Turma 702)